Declaração do Imposto de Renda 2025: Passo a Passo Simplificado para Quem Não Quer Complicação
Chegou o momento de encarar a famosa declaração do Imposto de Renda. Para alguns, é apenas uma etapa burocrática do calendário fiscal. Para outros, uma fonte constante de insegurança. Seja qual for o seu caso, uma coisa é certa: quanto mais você entende o processo, menos ele assusta.
Neste artigo, você vai descobrir como conduzir sua declaração de maneira clara, objetiva e segura. Desde a organização dos documentos até o envio final, o objetivo aqui é descomplicar — sem deixar de lado os detalhes que fazem diferença.
Antes de tudo: por que declarar?
Pode parecer apenas uma formalidade, mas a declaração do IRPF cumpre um papel crucial no sistema tributário brasileiro. Ela não só permite que o governo acompanhe a evolução patrimonial da população, como também dá ao contribuinte a chance de reaver valores pagos a mais — ou de se beneficiar de deduções legais.
Mais do que isso: declarar corretamente é uma forma de proteger seu CPF e manter sua vida financeira em ordem.
Etapa 1: verifique se você realmente precisa declarar
Antes de separar documentos ou abrir o site da Receita, é essencial saber se a entrega da declaração é obrigatória no seu caso. Em 2025, estão obrigados a prestar contas:
- Pessoas que receberam rendimentos tributáveis superiores a R$ 33.888,00 no ano passado;
- Quem acumulou rendimentos isentos ou tributados exclusivamente na fonte acima de R$ 200 mil;
- Contribuintes com patrimônio superior a R$ 800 mil em 31 de dezembro de 2024;
- Aqueles que realizaram operações na bolsa de valores ou obtiveram lucro com venda de bens;
- Cidadãos que passaram a residir no Brasil em qualquer mês do ano anterior;
- Quem atualizou imóveis ou bens no exterior por meio do programa de regularização com alíquota reduzida.
Mesmo quem não se encaixa nesses critérios pode optar por declarar, especialmente se deseja recuperar valores por meio de restituição.
Etapa 2: organize os documentos com antecedência
Fazer a declaração com pressa é receita certa para erros. Uma preparação prévia facilita tudo — e evita retrabalho.
Monte uma pasta (física ou digital) com os seguintes itens:
- Informes de rendimento de empresas, bancos, corretoras e instituições financeiras;
- Comprovantes de despesas com saúde, educação, pensão e previdência privada;
- Recibos de aluguéis recebidos ou pagos;
- Documentação de aquisição ou venda de imóveis e veículos;
- Extratos de aplicações financeiras, incluindo criptomoedas;
- Dados completos dos dependentes;
- Contribuições ao INSS, especialmente se você é autônomo ou MEI.
Não espere o último dia para começar essa etapa. Quanto antes você tiver esses dados à mão, mais tranquilo será o preenchimento.
Etapa 3: escolha como vai declarar
A Receita oferece três caminhos para você enviar sua declaração:
- Programa para computador (PGD): Disponível para Windows, Mac e Linux, permite um controle detalhado das informações.
- Portal e-CAC: Para quem prefere fazer tudo online, direto no navegador, com acesso via conta gov.br.
- Aplicativo “Meu Imposto de Renda”: Ideal para quem prefere usar o celular e precisa de mobilidade.
Todas as opções são seguras e sincronizadas. O importante é escolher a que mais combina com o seu perfil.
Etapa 4: aproveite a declaração pré-preenchida (se puder)
Se você tem conta gov.br com nível de segurança prata ou ouro, a Receita disponibiliza uma versão da declaração já parcialmente preenchida com os dados que ela já possui.
Isso inclui:
- Rendimentos pagos por empregadores;
- Informações de bancos e corretoras;
- Dados de previdência, imóveis e até investimentos no exterior.
Você só precisa revisar as informações e complementar com aquilo que estiver faltando. Para muitos, essa funcionalidade reduz bastante o tempo gasto — e os erros também.
Etapa 5: complete com atenção cada etapa do formulário
A declaração segue uma ordem lógica. Preste atenção a cada bloco de informações:
- Dados pessoais: endereço, CPF, ocupação, dados bancários para restituição;
- Rendimentos tributáveis e isentos: salários, aposentadorias, aplicações, poupança;
- Pagamentos e doações: despesas médicas, escolares, pensão, doações incentivadas;
- Bens e direitos: imóveis, veículos, contas correntes, aplicações;
- Dívidas e ônus: financiamentos e empréstimos;
- Dependentes: com CPF e todos os dados vinculados.
Mesmo usando a pré-preenchida, é necessário revisar tudo. Informações incorretas ou omissões podem gerar inconsistências no cruzamento de dados.
Etapa 6: escolha o modelo mais vantajoso
Ao final, o sistema oferece duas opções:
- Modelo simplificado: aplica um desconto padrão de 20% sobre os rendimentos tributáveis (limitado a R$ 16.754,34), sem considerar as deduções individualizadas.
- Modelo completo: permite informar todas as despesas dedutíveis, o que pode ser mais vantajoso para quem teve altos gastos com saúde, educação, pensão ou previdência.
O próprio sistema indica qual opção resulta em menor imposto ou maior restituição. Faça a simulação e opte com base no resultado.
Etapa 7: revise e transmita
Essa é a hora de verificar todos os campos com calma. Dê atenção especial a valores, CNPJs das fontes pagadoras e aos dados bancários informados. Um erro simples pode atrasar ou até impedir sua restituição.
Com tudo conferido, clique em “Transmitir” e salve o recibo de entrega. Ele é o seu comprovante de que tudo foi feito corretamente.
E após enviar, o que fazer?
Acompanhar sua declaração é fundamental. Acesse o portal e-CAC para verificar o andamento. Caso surja alguma pendência, você será informado ali.
Se perceber um erro após o envio, é possível fazer uma retificação. Desde que a declaração ainda não tenha sido processada pela Receita, a retificação é livre de multas e mantém todos os seus direitos.
Simplificar é possível quando se entende o processo
Muita gente encara a declaração do IR como um desafio. Mas, na prática, trata-se de uma rotina anual que fica cada vez mais fácil com o tempo — especialmente quando você entende os passos e mantém seus registros organizados.
Ao seguir esse passo a passo, você reduz drasticamente o risco de cair na malha fina, aumenta as chances de receber sua restituição com agilidade e cumpre sua obrigação fiscal com segurança.
A Aro contabilidade pode cuidar de todo esse processo por você — ou te acompanhar passo a passo para que a sua declaração seja feita com precisão e tranquilidade. Fale com a nossa equipe.